Mudanças climáticas
bruscas podem resultar em uma alteração na proporção de homens e mulheres do
mundo: a variação de temperatura é a causa de um número menor de bebês do sexo
masculino nascendo.
A constatação é
proveniente de um estudo japonês, encabeçado pelo Dr. Misao Fukuda, do
instituto M&K. A pesquisa mostra que as flutuações de temperatura no Japão,
acentuadas na década de 70, foram o principal fator para um aumento no número
de mulheres nascendo no país.
Um Japão mais feminino
O estudo analisou dados de
1968 até 2012, fornecidos pela Agência Meteorológica do Japão, além de dados
sobre a morte de fetos e crianças nascidas no mesmo período, números retirados
do Banco de Estatísticas Vitais do Japão.
Uma análise de eventos
mais recentes, baseada em um verão mais quente que o normal em 2010 e um
inverno rigoroso em 2011, foi realizada em conjunto com a pesquisa. Durante o
período de temperaturas elevadas, houve um acréscimo de fetos morrendo e, nove
meses depois, um decréscimo no número de bebês do sexo masculino
nascendo. A tendência continuou em janeiro de 2011, com o registro de uma
queda brusca nas temperaturas.
As descobertas sugerem que
flutuações climáticas no Japão estão relacionadas diretamente com a proporção
dos sexos de recém-nascidos, mas a vulnerabilidade ao clima nos fetos
masculinos não foi justificada na pesquisa.
Na China também
Outras pesquisas reforçam
a ideia de que é mais provável escutar “É uma menina!” durante tempos de crise
– sem relação obrigatória com mudanças climáticas.
Uma análise feita por
Shige Song, sociólogo e demografista da faculdade Queens College, em Nova York,
averigou a carestia durante O Grande Salto Adiante na China.
A campanha lançada por Mao
Tsé-Tung pretendia tornar a China uma nação comunista em tempo recorde, mas o
resultado foi desastroso: cerca de 30 milhões de mortos, secas, inundações,
insuficiência de transporte e fome abalaram os planos do líder.
Assim como no estudo
japonês que relaciona mudanças climáticas a uma diminuição da população
masculina, Song constatou uma drástica queda no nascimento de meninos durante a
campanha O Grande Salto Adiante.
Mulheres são aposta certeira
Ainda de acordo com Song,
a teoria de predominância feminina durante tempos difíceis faz sentido no aspecto
evolucionário: “Em boas condições, invista em filhos; em condições difíceis,
invista em filhas” .
O sociólogo exemplifica:
um macho leão consegue ter muitos filhos, logo, um nascimento de cria masculina
representa uma boa chance de passar os genes para frente. Contudo, leões com
comportamento não dominante podem não conseguir
acasalar com sucesso nem ao menos uma vez.
Já o nível de reprodução
feminino, nesse aspecto, é devagar e constante. Ainda que capazes de gerar seus
filhos não importando a situação, elas não possuem a capacidade
fecundária dos machos, o que implica em uma aposta certeira, mas menos
lucrativa, na hora de passar os genes para frente.
Fonte: MegaCurioso
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