Segundo um estudo
idealizado por John Long, da Universidade de Flinders, e publicado na revista
Nature, o sexo já vinha acontecendo na Terra há pelo menos 350 milhões de anos
através dos peixes. A maioria deles se reproduz externamente, liberando óvulos
e espermatozoides fora do corpo, mas os pesquisadores descobriram que uma
espécie deles fazia a fertilização interna.
Chamado de Microbachius
Dicki, essa extinta criatura é cascuda e, hoje em dia, é conhecida como o
animal mais antigo a se reproduzir através de fecundação interna. Ele viveu em
lagos ao redor da Escócia e tinha um pouco mais de 3 centímetros de
comprimento. A estrutura desses peixes é hoje encontrada em tubarões.
O grupo de pesquisa notou
que os fósseis masculinos do peixe tinham membros chamados
"claspers", que poderiam ser usados para carregar o esperma, e os
fósseis do sexo feminino traziam um par de ossos que poderiam prender os
claspers dentro de si. "Essa é a primeira vez na evolução dos vertebrados
que machos e fêmeas desenvolveram estruturas reprodutivas separadas",
disse Long em um comunicado.
Poderíamos nós, seres humanos, termos mais
características dos peixes?
Long explicou também que
um bom número de características dos seres humanos modernos veio do grupo de
animais chamado placodermos, do qual os Microbachius Dicki fazem parte. Estas
particularidades incluem as mandíbulas, dentes e membros aos pares, que se
acredita terem sido originados por eles.
"Agora, nós revelamos
que eles também nos deram o ato íntimo de relações sexuais", ele concluiu.
O que é ainda bastante notável é que este desenvolvimento foi embora com a
espécie antes de voltar novamente milhões de anos mais tarde através de seus
descendentes, os tubarões e raias.
Fonte:
MegaCurioso
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