O que aconteceria se ratos ingerissem uma quantidade de açúcar comparável à consumida por muitos norte-americanos? As fêmeas morrem mais cedo e os machos se reproduzem menos, segundo um novo estudo publicado na revista Nature Communications.

As fêmeas dos roedores que ingeriram alimentos com 25% de açúcar morreram duas vezes mais rápido, enquanto os machos produziram 25% menos filhotes.

Para os humanos, essa quantidade equivale a alguns refrigerantes por dia. O açúcar adicionado aos alimentos corresponde a 17% da dieta de um americano médio, segundo dados de 2008.

“São três refrigerantes, desde que o restante da dieta seja livre de açúcar”, explica o autor do estudo, o biólogo James S. Ruff, ao Washington Post. “E isso se refere aos recipientes de 350ml, uma latinha, não aos de dois litros”.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado os efeitos prejudiciais do açúcar em quantidades elevadas, mas Ruff e sua equipe pretendiam verificar os efeitos do consumo moderado. Para isso, os pesquisadores alimentaram 156 ratos com dietas normais e adoçadas durante 26 semanas.

A maioria das substâncias que são tóxicas para os ratos também afetam os seres humanos, segundo Wayne Potts, um dos autores do estudo. As refeições dos ratos continham uma combinação de frutose e glicose, semelhante ao xarope de milho comum, rico em frutose. Em seguida, os roedores foram soltos em um recinto e monitorados por 32 semanas.

Muitas das fêmeas morreram ao final desse período; os machos que ingeriram açúcar não conseguiram controlar seu território tão bem como os rivais submetidos a dietas normais. Eles perderam 26 territórios, o que pode ter provocado um declínio da reprodução.

“Nossas descobertas definem um novo padrão de alerta, mesmo para doses baixas de açúcar adicionado”, afirma Potts, que também declarou à CBS News que ele e sua família estavam ingerindo menos açúcar.








Fonte: Discovery noticias

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