Assim como muitos que souberam dessa pesquisa, você também deve estar se perguntando: “será que esses pesquisadores não se decidem nunca?”. Pois é, leitor. A cada dia nos deparamos com um estudo novo que pode contradizer totalmente um anterior.

Uma hora a atividade física intensa é benéfica e, de repente, em outra pesquisa (como essa), ela pode lhe matar mais cedo. A solução é não se apegar tanto a cada novo estudo e saber que a melhor forma de se exercitar é aquela que lhe faz se sentir bem e dá bons resultados não apenas na boa forma, mas na sua saúde, principalmente.

E uma pesquisa, divulgada em abril deste ano, ainda está causando surpresa entre os atletas de corrida por revelar que essa atividade pode diminuir o tempo de vida. Se você é um deles, adora se superar no tempo e distância, participar de provas e sentir a endorfina desse exercício, pode ficar tranquilo, pois mais pesquisas ainda precisarão ser realizadas para comprovar o fato.

Estudo

Esse estudo, feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Cardiovascular da Rede Lehigh Valley Health, revelou que aqueles que fazem exercício moderado — de duas a três horas por semana — vivem mais tempo, enquanto as pessoas que correm muito (em um tempo maior de atividade do que o citado) ou as que não se exercitam nada têm expectativas de vidas mais curtas.

Enquanto os cientistas não tem certeza absoluta sobre porque isso acontece, eles acreditam que o fato poderia estar ligado à forma como correr afeta a saúde do coração. Para chegar ao resultado, a equipe de pesquisa estudou mais de 3,8 mil corredores masculinos e femininos com uma média de idade de 46 anos. Quase 70% dos participantes disseram que corriam mais de 32 quilômetros por semana.

Resultados



  
Os pesquisadores também levaram em conta se os participantes usavam alguma medicação, se tinham pressão arterial alta, colesterol elevado e se fumavam. Mesmo com o conhecimento desses dados, a equipe descobriu que nenhum desses fatores poderia ser usado para explicar por que as pessoas que corriam mais tinha expectativa de vida mais curta.

Dr. Martin Matsumura, que liderou o estudo, disse que não diz às pessoas para elas pararem de correr tendo como base esse estudo. "O que nós ainda não entendemos é como definir a dose ideal de exercícios para a saúde e a longevidade", disse ele à revista Health Day.

Já o Dr. James O'Keefe, diretor de cardiologia preventiva do Instituto do Coração de Kansas City, que analisou a pesquisa, disse que o "desgaste" causado nos corpos das pessoas quando elas correm muito poderia explicar os resultados.

Ele aconselhou que os corredores realizem seus exercícios por cerca de duas horas e meia por semana, em um ritmo de lento a moderado de corrida. O especialista ainda mandou um recado: "Se você quiser correr uma maratona, faça isso, mas depois de cumpri-la, risque essa prova da sua lista”.

Outras pesquisas

Em outra pesquisa recente, os cientistas descobriram que a caminhada é mais eficaz do que a corrida no sentido de reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes ou colesterol alto. Por outro lado, para quem quer mesmo é emagrecer, a corrida é a melhor opção, pois, além do gasto calórico, correr também pode ter um efeito na diminuição da fome.

De qualquer forma, se você é corredor de carteirinha, saiba controlar bem as horas de treino e converse sempre com um profissional de educação física para tirar as suas dúvidas, além de se consultar com um cardiologista para exames periódicos. Assim, você tem toda a assistência para praticar o seu exercício da forma mais tranquila e correta.





Fonte: MegaCurioso

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