A descoberta de crânios com formatos estranhosnão é
nenhuma novidade. Tanto que, em 2012 mesmo, um total de 25 ossadas com cabeças
alongadas foi encontrado por
arqueólogos na região de Sonora, no México. No entanto, o resultado dos exames
de DNA realizado em caveiras de 3 mil anos encontradas em Paracas, no Peru,
está dando o que falar.
Os esqueletos de Paracas — mais de 300 — foram
descobertos na década de 20 e logo ficaram famosos graças aos crânios
deformados com formato alongado, estando entre os maiores e mais pesados já
descobertos no mundo. Até aqui, nada de inédito. Contudo, a polêmica surgiu
após Brien Foerster, do Museu de Paracas, revelar que uma análise de DNA
apontou que os exemplares podem não pertencer a humanos, mas sim a uma criatura
desconhecida pela ciência.
Mutações inéditas
Segundo Foerster, o
geneticista que realizou os testes — cuja identidade não foi revelada —
descobriu-se que as amostras contêm DNA mitocondrial (aquele que é passado pela
mãe e não sofre recombinações) com mutações genéticas que jamais haviam sido
identificadas em humanos, primatas ou qualquer outro animal conhecido.
Os resultados preliminares
obtidos a partir das amostras de Paracas foram comparados às informações
disponíveis no GenBank — uma importante base de dados de sequências de DNA com
acesso público que conta com todas as informações genéticas conhecidas no mundo
—, e as mutações seriam diferentes de qualquer outra já catalogada.
O cientista anônimo também
teria afirmado que, a partir do sequenciamento realizado até o momento, o
material genético pertenceria a uma criatura de aparência humana, mas muito
distante do Homo sapiens, dos Neandertais e dos Denisovanos. O geneticista
teria dito ainda que não estava sequer certo de como esse ser se encaixaria no
mapa evolutivo que conhecemos.
Especulação
De acordo com Foerster, o
geneticista responsável pelos exames também presta serviços para o governo dos
EUA e pretende vir a público assim que a teoria sobre os crânios de Paracas for
comprovada. Contudo, é importante considerar que, além de o cientista ser
desconhecido, os testes refletem a análise de apenas uma amostra, e ninguém viu
ainda qualquer documento ou estudo científico sobre os resultados, mesmo que
preliminares.
Além disso, a forma como
uma informação tão importante foi trazida a público — através de mídias sociais
e não por meio de publicações científicas — abala a credibilidade da notícia,
sem contar que nenhuma universidade ou fundação parece estar envolvida no
estudo. Assim, ao mesmo tempo em que a descoberta tem potencial para ser
incrível e ter um impacto enorme sobre a ciência, tudo pode não passar de um
mero engano.
Fonte:
MegaCurioso
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