Independente de que você
acredite em coisas desse tipo ou não, você já deve ter ouvido falar de
espíritos que voltaram do além para transmitir mensagens aos vivos. Pois a
história que vamos contar a seguir — postada originalmente pelo pessoal do sitemental_floss — não só se refere a um fantasma que
parece ter retornado do mundo dos mortos, como supostamente teria ajudado a
desvendar o próprio assassinato.
A história aconteceu em
1897, e tudo teve início depois que Zona Elva Shue, esposa de um
homem chamado Erasmus Shue — chamado de Edward pelos conhecidos, um ferreiro de
Greenbrier, em West Virginia — foi encontrada morta. Shue mandou o filho de um
vizinho até a sua casa para perguntar a Zona se ela precisava de algo do mercado,
quando o menino descobriu o corpo ao pé da escada da residência.
Desmaio fatal
A pobre mulher estava no
chão com as pernas esticadas, um dos braços estendido ao lado do corpo e o
outro sobre o peito, e sua cabeça se encontrava levemente inclinada para um dos
lados. O garoto chegou a pensar que Zona estava dormindo antes de se dar conta
de que ela estava morta e, aterrorizado, saiu correndo em busca de sua mãe.
A vizinha, então, chamou
George Kapp — o médico local — e, uma hora depois, quando os dois chegaram à
casa dos Shue, Erasmus já havia se encarregado de preparar o cadáver da esposa
para o funeral, algo bem incomum na época. Ele vestiu Zona com um vestido de
gola alta e firme, cobriu seu rosto com um véu e permaneceu todo o tempo chorando
com a cabeça da mulher nos braços enquanto o médico tentava determinar a causa
da morte.
Comportamento bizarro
Ao tentar examinar a
cabeça e pescoço de Zona com mais detalhe, o ferreiro se tornou muito agitado.
No entanto, atribuindo o comportamento ao sofrimento, Kapp decidiu finalizar o
procedimento para evitar provocar Erasmus. E como não encontrou nada de errado
nas partes examinadas e havia tratado a defunta algumas semanas antes da morte,
ele concluiu que ela havia morrido por conta de um desmaio fatal, versão que
depois foi alterada para “parto”.
O enterro de Zona ocorreu
no dia seguinte à sua morte, e Erasmus voltou a se comportar de maneira
bizarra. Além de vestir a mulher com o modelito de gola alta e véu, ele cobriu
a cabeça e pescoço da morta com um grande lenço. Segundo as testemunhas, Shue
não saiu do lado do caixão e não deixava ninguém se aproximar, mexendo no
pescoço da esposa várias vezes. Ele chegou a usar uma almofada e um tecido
enrolado para elevar a cabeça da finada.
Embora a maioria dos
presentes tenha atribuído as esquisitices de Shue à dor de ter perdido a
esposa, a mãe de Zona estava convencida de que havia o dedo do genro nessa
história. Foi então que a mulher começou a rezar diariamente pedindo que a
filha voltasse dos mortos para lhe contar a verdade. E não é que Zona atendeu
aos pedidos da mãe!
Assombração
De acordo com Mary Jane
Heaster — a mãe de Zona —, a filha apareceu para ela em sonhos e contou o que
havia acontecido, revelando que Shue era um marido abusivo e que uma noite teve
um ataque de fúria e quebrou seu pescoço. Mary então conseguiu convencer o
procurador de Greenbrier a reabrir o caso e pedir uma autopsia completa no
corpo de Zona, que revelou que a causa da morte não havia sido nenhum desmaio
ou parto.
O exame mostrou que
existiam marcas de dedos no pescoço de Zona — indicando que ela havia sido
estrangulada — e um deslocamento entre a primeira e a segunda vertebra. Além
disso, a traqueia estava esmagada e havia ligamentos rompidos. Investigações
posteriores revelaram que Shue dizia abertamente que gostaria de se casar sete
vezes, e já tinha sido casado outras duas vezes antes de Zona surgir em sua
vida.
A primeira esposa contou
que o ex-marido era extremamente violento, e a segunda morreu misteriosamente
apenas 8 meses após o casamento. Pouco tempo depois Shue se uniu a Zona em
matrimônio. O ferreiro foi levado a julgamento e seu advogado tentou
ridicularizar a mãe da morta durante o interrogatório, mas a tática não deu
certo. A mulher se manteve firme e as testemunhas devem ter acreditado nela,
pois Shue foi considerado culpado de assassinato e condenado à prisão perpétua.
Fonte: MegaCurioso
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