A cadelinha “Pig” se
tornou uma celebridade instantânea da internet após aparecer no conhecido
festival de cunho caritativo Do Dah Day, realizado anualmente em Birmingham,
Alabama (EUA). Pig ganhou rapidamente uma página exclusiva no Facebook
(atualmente com quase 80 mil seguidores), servindo como ícone do ativismo pela
adoção de animais. Não obstante, o visual “peculiar” da cachorrinha ainda
deixava a dúvida: quantas raças há ali?
Bem, de acordo com um
exame realizado pelo pessoal do site The Wisdom Panel, Pig traz em seu código
genético traços de pelo menos oito raças diferentes. De acordo com o relatório,
a lista inclui boxer, chow chow, staffordshire terrier, cão de água português,
klee kai do Alasca, deerhound escocês, lakeland terrier e maltês
De acordo com a dona da
cadelinha, Kim Dillenbeck, o resultado foi uma surpresa — mesmo diante da óbvia
singularidade de Pig. “Eu me senti como um personagem de desenho animado, com
minha cabeça pendendo para o lado e balbuciando um ‘Hã?!’”, disse Dillenbeck em
entrevista ao sita AL. “Eu não vejo nenhuma dessas raças na sua aparência.”
Dillenbeck dirige
atualmente um fundo sem fins lucrativos para coleta de recursos que promovem a
adoção de animais nos EUA — seguindo o mote de que “não é porque um animal é
diferente que ele não merece ter uma vida feliz”.
Podem haver ainda mais raças
Pig é um verdadeiro
sincretismo ambulante e peludo, de fato. Entretanto, além da presença de raças
detectáveis mediante observação ou por meio do exame conduzido pelo Wisdom
Panel, fato é que podem haver ainda mais elementos na mistura. O redator do
site AL, por sua vez, aposta em um akita em algum lugar do passado genético da
cadelinha — aposta até bastante razoável, quando se observa alguns detalhes do
animalzinho.
“Todos estavam pensando em
Akita”, disse Dillenbeck ao referido site. “Eu pensava que se tratava de alguma
raça um pouco menor, mas estava com a mente bastante aberta”, ela complementa,
lembrando que jamais teve a chance de conhecer a mãe de Pig. De fato, a
cadelinha foi achada abandonada em uma floresta, tendo sido salva apenas porque
passantes ouviram seus latidos.
Síndrome da Espinha Curta
Convém, entretanto, não
confundir os traços de raças distintas presentes em Pig com o que é, de fato,
apenas uma malformação congênita bastante rara em cães. A cadelinha apresenta
um quadro conhecido como Síndrome da Espinha Curta.
“Muitas pessoas nunca
ouviram falar e não tem ideia do que seja a Síndrome da Espinha Curta em
cães, pois é uma patologia bastante rara, tendo apenas casos isolados por todo
o mundo”, escreveu o acadêmico em medicina veterinária George Augusto em artigo
ao site Portal do Dog.
Ele continua:
“A SEC é uma anomalia de origem congênita que acarreta uma má
formação óssea, afetando principalmente as vértebras da coluna do animal. No
cão que é portador da síndrome, as vértebras, em grande parte, ficam na sua
forma de cartilagem, não alcançando o estágio de endurecimento ósseo”. De
acordo com Augusto, as vértebras são então comprimidas, podendo apresentar um
encurtamento significativo.
Raça: “Pig”
De fato, Dillenbeck
lembrou que Pig possui uma irmã de porte normal, atualmente com seus quase 20
quilos. Pig, entretanto, pesa pouco mais de 7 quilos, e conta ainda com um
prognóstico não muito animador para a sua maturidade: de acordo com alguns
veterinários, a estrutura óssea da cadelinha pode não suportar o seu peso
adulto.
Dillenbeck, entretanto,
não se preocupa com isso no momento. “Eu tenho sorte de tê-la comigo”, disse
ela ao site AL. “Ela me faz rir o dia inteiro.”
No que se refere à colcha
de retalhos genética da cachorrinha, Dillenbeck diz que “Pig tem a sua própria
raça. Para mim, ela é uma em um milhão. Por mais que eu possa ver a
possibilidade de todas essas raças, para mim ela ainda é apenas a Pig”, ela
afirma.
Fonte:
MegaCurioso
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