Você conhece as temidas
aranhas marrons? Pois, dependendo de onde você mora, talvez essas criaturinhas
não imponham muito risco para a população. Contudo, em algumas localidades —
especialmente aquelas nas quais os predadores naturais dessa espécie tenham
desaparecido — elas são bastante comuns e ativas, e é bom ficar esperto com
esses aracnídeos.
Conheça esse bichinho
Do gênero Loxosceles
sp, as aranhas marrons se caracterizam por contar com três pares de olhos — em
vez de quatro, como a maioria das espécies — e algumas apresentam o desenho de
uma estrela no cefalotórax, parte do corpo que agrupa a cabeça e o tórax. Além
disso, o abdome desses aracnídeos costuma ser coberto por pelos bem fininhos e
ter coloração marrom uniforme, dando a eles uma aparência aveludada.
As patinhas — longas e
finas — das aranhas também são cobertas por esses pelinhos. Seus corpos medem
cerca de 1 centímetro de comprimento por meio centímetro de largura, e os
machos costumam ser menores e ter patinhas mais longas do que as fêmeas.
Contando com as patas, as aranhas marrons geralmente não ultrapassam mais do
que apenas 3 ou 4 centímetros de diâmetro, mas não se deixe enganar pelo pequeno
porte dessas criaturas!
Pequenas e perigosas
Apesar de não serem
agressivas, as picadas são venenosas, e todo mundo que tiver um encontro
desafortunado com uma aranha marrom deve procurar ajuda médica. O problema é
que, como as picadas não são dolorosas, muitas vezes elas passam despercebidas.
O desconforto costuma aparecer algumas horas depois do ataque, acompanhado de
sintomas como vermelhidão, inchaço, queimação, coceira, surgimento de uma
mancha roxa e bolhas.
Após alguns dias, outros
sinais podem aparecer, como dor de cabeça e pelo corpo, mal-estar, febre,
náusea e necrose da região picada — cuja gangrena pode chegar a afetar uma área
equivalente ao tamanho de uma mão humana e deixar cicatrizes bem feias. Em casos
mais raros, as vítimas ainda podem sofrer falência renal, convulsões,
icterícia, urinar sangue e entrar em coma.
Vale lembrar que as
reações que descrevemos acima dependem da quantidade de veneno injetado pela
aranha e da sensibilidade de cada um à toxina. Na maioria dos casos a picada se
cura sozinha sem deixar vestígios ou cicatrizes. Entretanto, caso você tenha o
azar de ser picado por uma aranha marrom, não espere a coisa se complicar para
procurar ajuda! Assim que você perceber os primeiros sinais da picada, corra
para um hospital.
Evitando os ataques
Por sorte, as aranhas
marrons costumam ser tímidas e gostam de se esconder em abrigos escuros,
quentes e secos. Em ambientes externos, essas criaturinhas geralmente “montam
acampamento” em locais como buracos, folhas secas, cascas de árvores etc. Já
nas casas, elas gostam de ocupar cantinhos como caixas, atrás de armários e
quadros, assim como estantes e livros.
Na verdade, os seres
humanos não fazem parte de seu “cardápio”, já que as aranhas marrons têm
predileção por pequenos insetos, como cupins, traças e formigas. No entanto,
nas casas elas também podem se esconder em locais como sapatos, toalhas,
roupas, lençóis e cobertores, e é aí que os acidentes com pessoas acontecem.
Comentamos lá no início da
matéria que apenas a população de determinadas localidades sofre com os ataques
das aranhas marrons — como é o caso de várias cidades do estado do Paraná, incluindo a capital, Curitiba —, especialmente por
conta da falta de seu principal predador natural, a lagartixa. Assim, se você
quiser evitar que essas aranhas invadam a sua casa, cultive um pequeno time de
devoradoras de aranhas!
Fonte:
MegaCurioso
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