Conhecida como a capital
do mundo e a cidade que nunca dorme, Nova York também tem outro apelido que
talvez seja o mais famoso pelo qual é reconhecida: “Grande Maçã” (ou “Big
Apple”). Mas você sabe de onde veio esse título? Você acha que tem a ver com o
formato que a cidade tem vista de cima ou com alguns de seus pontos turísticos?
Nenhuma dessas opções.
De acordo com as informações
do Mental
Floss, existem algumas ideias sobre como esse apelido teria surgido. Uma
delas diz que vem das antigas famílias que vendiam maçãs nas ruas da cidade
para conseguir algum dinheiro durante a época difícil da Grande Depressão
(entre 1929 e toda a década de 1930).
Outros dizem que o título
tem a ver com o termo que uma cafetina do século 19, chamada Eve, que o
utilizava para descrever as suas meninas. Existe um registro documentado que
refere que “The Big Apple” veio de um livro de 1909, de Edward Martin, que usa
o apelido em um sentido metafórico, ao invés de um nome próprio para a cidade:
Kansas é capaz de ver em
Nova York uma cidade gananciosa. O que leva a pensar que a big apple recebe uma
parcela desproporcional da vitalidade nacional...
Porém, a história que mais
é creditada para a origem do apelido “The Big Apple” é a que conta sobre um
slogan, que foi utilizado na década de 1920, pelo jornalista esportivo John J.
Fitzgerald, no jornal New York Morning Telegraph.
O começo
De acordo o Today
I Found Out, John J. Fitzgerald tinha uma coluna dedicada às corridas de
cavalo, que começou a partir do dia 18 de fevereiro de 1924. Nesse dia, ele
começou a coluna com o cabeçalho: “A Grande Maçã. O sonho de todo garoto
que já montou um puro-sangue e o objetivo de todos os cavaleiros. Há apenas uma
Grande Maçã. Isso é Nova York”.
Na época, os jóqueis e
treinadores diziam querer fazer uma "Grande Maçã", nome para os
grandes prêmios em dinheiro em corridas maiores e em torno da cidade de Nova
York. Mas, na verdade, a princípio, Fitzgerald disse que ouviu o termo pela
primeira vez ao ser usado por dois afro-americanos durante os bastidores de uma
corrida em uma famosa feira de New Orleans.
Segundo o jornalista, ele
teria presenciado a conversa desses dois homens perto de um estábulo, enquanto
ambos estavam cuidando de cavalos, que disseram algo como: “para onde vocês vão
daqui?”, perguntou um. O outro teria respondido: “daqui vamos direto para a big
apple”. Então, o jornalista “emprestou” o termo para a sua coluna.
De acordo com o que o
linguista Dr. Gerald Cohen disse ao Today I Found Out, essa forma de se referir
a Nova York não era incomum, mesmo fora das corridas de cavalos. “As maçãs
foram importantes ao longo da história, mas as grandes maçãs vermelhas
desenvolvidas em Iowa na década de 1870 eram consideradas especiais. Por isso o
título ‘Big Apple’ passou a ser aplicado a coisas e pessoas muito especiais”,
disse ele.
E o termo pegou
O termo pegou rápido e
entrou no vocabulário da sociedade de todo o norte dos Estados Unidos. Então, a
popularidade se espalhou lentamente para fora do contexto de corridas de
cavalos, aparecendo nas mais diversas áreas.
Uma delas ganhou destaque,
os músicos de jazz de Nova York usavam o apelido para fazer referência a sua
cidade natal em suas canções, fazendo o nome se espalhar também para as outras
regiões do país.
Porém, por volta de 1960,
já não se falava mais sobre esse termo e poucas pessoas fora da cidade
entendiam essa referência. Mas isso mudou em 1970, quando uma campanha para
aumentar o turismo de Nova York adotou a Big Apple como uma referência
reconhecida oficialmente como sendo a grande metrópole.
Nessa época, a região
também era ainda uma grande produtora de maçãs, o que ajudou a alavancar o
termo. Os materiais da campanha continham maçãs vermelhas para retratar uma
imagem brilhante e alegre de Nava York, em contraste com a crença comum de que
a cidade era obscura, suja e perigosa. Então, o nome pegou e ficou até hoje.
Fonte:
MegaCurioso
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