Você já deve ter ouvido
falar no megalogon, um tubarão pré-histórico gigante que apavorava
os mares com seus mais de 15 metros de comprimento e mandíbulas repletas de
“dentinhos” medindo entre 8 e 18 centímetros aproximadamente. Essas criaturas
monstruosas habitaram o nosso planeta há cerca de 28 e 1,5 milhões de anos atrás e desapareceram durante
o Pleistoceno.
Contudo, não faltam
pessoas que acreditam na possibilidade de que esses animais ainda estejam por
aí, escondidos em algum ponto remoto do fundo do mar. Afinal, como você sabe,
os oceanos são territórios bem pouco explorados pelos seres humanos, e sabe-se
muito pouco sobre as espécies que habitam suas profundezas. Portanto, será que
existe a possibilidade, mesmo que remota, de que algum exemplar de megalodon
tenha sobrevivido à extinção?
Tudo indica que...
De acordo com Justine
Alford, do IFLScience!, por mais que de vez em quando apareçam
carcaças bizarras pelas praias ou vídeos mostrando supostas criaturas
sinistras, não há qualquer evidência direta que sugira que os megalodontes
ainda existem. Justine não nega que ao longo dos anos várias testemunhas
disseram ter avistado tubarões gigantes, e que inclusive existem ilustrações e
fotografias mostrando esses monstros marinhos.
Conforme
explicou, até onde se sabe, todas essas “provas” revelaram não ser reais. Na
maioria dos casos, as ilustrações mostram impressões exageradas das
testemunhas, e inclusive existe uma foto polêmica da década de 40 (que você
pode conferir acima) que inclusive virou tema de um documentário — totalmente
fictício, com atores e tudo — criado pelo Discovery
Channel.
Com
respeito aos relatos de testemunhas, não se esqueça de que nem sempre é fácil
reconhecer carcaças em decomposição e, para quem não é especialista, até a
identificação de animais vivos pode ser complicada e provocar muita confusão.
Talvez?
Segundo Justine, a descoberta
de dois animais marinhos reavivou a ideia de que algum megalodon possa ter
sobrevivido também. Um desses animais são os celacantos do gênero Latimeria,
que eram tidos como extintos desde o período cretáceo — há cerca de 65 milhões
de anos —, mas que foram “redescobertos” no final da década de 30. Desde então,
vários exemplares foram vistos, embora esses peixes tipicamente vivam em
grandes profundidades.
A outra espécie descoberta
foram os tubarões-boca-grande (Megachasma pelagios) em 1976, que podem ultrapassar
os 4 metros de comprimento e se alimentam de plâncton. No entanto, apesar de
esses dois animais terem passado despercebidos por tanto tempo, ainda assim,
continuamos sem ter qualquer evidência de que os megalodontes tenham feito o
mesmo.
Os fósseis sugerem que
esses animais tinham preferência por águas mais cálidas, que não estavam
adaptados para viver em grandes profundidades e que habitavam locais onde havia
abundância de alimento. Além disso, os megalodontes costumavam usar as áreas
costeiras para cuidar das crias, e uma das teorias sobre o que provocou sua
extinção foi o fato de suas presas naturais terem se deslocado para regiões
mais profundas, restringindo a disponibilidade de comida.
Finalizando a discussão
Os pesquisadores sabem que
a grande maioria das espécies habita os primeiros metros do oceano, até onde a
luz solar consegue penetrar. Já os animais que vivem em locais mais profundos
precisam ser incrivelmente especializados para sobreviver, e é muito raro
encontrar uma espécie de grande porte. Então, como é que um peixão do tamanho
do megalodon conseguiria sobreviver se alimentando basicamente de criaturinhas
pequeninas?
Justine também aponta que
os tubarões trocam os dentes com frequência, e todos os dentões de megalodon
que já foram encontrados são fósseis. Além disso, mesmo que esses animais
tivessem se adaptado para sobreviver a grandes profundidades, já teríamos
encontrado algum tipo vestígio de sua existência, seja na forma de carcaças —
deles ou de animais devorados por eles —, membros em decomposição ou de
cicatrizes provocadas por ataques frustrados, por exemplo.
E mais: apesar de os
megalodontes serem — sem sombra de dúvidas — animais extraordinários, você
realmente gostaria de cruzar o caminho com um desses gigantes enquanto dá um
mergulho na praia?
Fonte:
MegaCurioso
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