Você já parou para pensar
sobre alguns dos objetos e estruturas que existem espalhadas pelo mundo e que
contam com milhares de anos? Exemplos delas são os inúmeros círculos de pedra
com mais de 5 mil anos que podem ser encontrados por toda a Grã Bretanha e
parte da França, além de outros exemplares muito mais antigos. Mas, e sobre os
povos que construíram esses monumentos, você já parou para pensar sobre eles
também?
Apesar das várias teorias
sobre como muitas das estruturas da antiguidade foram construídas, a verdade é
que não existem respostas definitivas sobre as técnicas empregadas — e as
possíveis explicações muitas vezes são impressionantes. Afinal, de onde é que
os construtores teriam tirado o conhecimento necessário para conseguir tamanhas
proezas, já que eles eram considerados como “primitivos”?
Matemáticos pré-históricos
Uma das teorias,
apresentada ao longo de uma série de livros do pesquisador e historiador
alternativo Michael Tsarion, sugere a existência de uma cultura
superavançada — a chamada “Civilização Um” — que, durante a pré-história, teria
transmitido os ensinamentos necessários aos nossos antepassados, guiando o
progresso tecnológico e científico da humanidade.
Segundo Tsarion, durante
várias gerações os arqueólogos acreditaram que os círculos de pedra e outros
monumentos pré-históricos haviam sido construídos por tribos pouco sofisticadas
para cumprir funções ritualísticas pagãs desconhecidas. No entanto, análises
mais minuciosas dessas estruturas revelaram que, na verdade, esses construtores
primitivos eram excelentes astrônomos e matemáticos que não receberam o crédito
merecido por suas obras.
Afinal, veja, por exemplo,
o caso do monumento acima, chamado Thornborough Henges. Localizado no condado
de Yorkshire, na Inglaterra, esse sítio foi construído há mais de 5,5 mil anos
e pré-data as Pirâmides do Egito, e suas pedras apresentam um alinhamento
astronômico perfeito. Construtores primitivos?
Jarda Megalítica
Tsarion alega que os povos
de então conseguiram desenvolver métodos de medição baseados no Sistema Solar
para construir incontáveis sítios sagrados por toda a Europa, como os círculos
de pedra que mencionamos anteriormente. Quem primeiro percebeu que havia uma
relação entre as medições e o Sistema Solar foi o engenheiro escocês Alexander Thom.
Em meados da década de 50,
depois de realizar levantamentos em 600 sítios da Inglaterra, Gales, Escócia e
da região da Bretanha, na França, Thom descobriu que os antigos povos que
habitavam essas regiões se baseavam em uma unidade de medida que ficou conhecida
como “Jarda Megalítica”.
Essa unidade de medida é
equivalente a 0,83 metro e, segundo Thom, foi empregada na construção de
estruturas do megalítico de uma ponta a outra da Grã Bretanha. E as diferenças
métricas entre uma estrutura e outra são tão diminutas que elas não seriam
detectadas através de estudos estatísticos. Para o engenheiro, uma das
explicações seria a existência de uma espécie de “quartel general” que fornecia
os modelos utilizados para construir os círculos.
Medição geodética
Thom não foi o único a
sugerir a existência de uma civilização avançada que treinou o resto da
humanidade, transmitindo conhecimentos em ciência e tecnologia e abrindo o
caminho para o fim da pré-história. Pesquisas posteriores sugerem que os
construtores dos monumentos espalhados pelas Ilhas Britânicas usaram uma
unidade de medida equivalente a 1/10 mil de milímetro, que seria uma unidade
fundamental quando consideramos astros como a Lua, o Sol e a Terra.
Segundo Tsarion, a jarda
megalítica é, na verdade, um método de mensuração geodético derivado da
geometria da própria Terra, mais especificamente, baseado na circunferência
polar do planeta. E esse método de mensuração tem uma história bem
interessante...
Círculo celeste
Os astrônomos minoicos —
que habitaram a ilha de Creta há cerca de 4,3 mil anos —, consideravam que os
círculos contavam com 366 graus em vez de 360. Essa ideia está associada com a
forma como esses astrônomos mediam a passagem do tempo, já que calculavam que
cada ano tinha 366 dias e não 365.
Isso porque os minoicos
contabilizavam a duração de um dia sideral — que corresponde ao período de
tempo que a Terra leva para completar uma revolução completa sobre seu eixo,
que é medido através da observação de uma estrela específica no decorrer de
duas noites consecutivas.
Esse período é 236
segundos mais curto do que um dia solar e, ao longo de um ano inteiro, a soma
desses segundos resultam em exatamente um dia extra, ou seja, o 366° dia do
ano. Assim, os minoicos consideravam cada rotação da Terra como sendo um grau
do grande “círculo celeste”, portanto, para esses povos fazia sentido que os
círculos tivessem 366 graus. E foi a partir daí que as unidades de medida
utilizadas pelos antigos teriam surgido.
Difusão do conhecimento
O mais interessante é que aparentemente
outros povos empregaram a mesma unidade de medida em diversas partes do mundo.
Segundo Tsarion, muitos pesquisadores alegam que a jarda megalítica foi
utilizada por muitas culturas, e diversas evidências de seu emprego foram
observadas por todo o planeta.
Além dos habitantes das
Ilhas Britânicas e da Grécia, o povos do Vale do Indo — originários
principalmente da Ásia Meridional — também utilizavam a mesma unidade de
medida, embora a chamassem de “gaz”. E é aqui que Tsarion levanta a questão de
como esse conhecimento teria sido difundido. Existiria algum tipo de
comunicação entre os povos naquela época ou, ainda, será que essas civilizações
tiveram um mesmo “professor”?
Tsarion propõe a
existência de um grupo de supercientistas que teria treinado diferentes
culturas ao redor do mundo, permitindo uma aceleração do desenvolvimento
global. Segundo ele, os responsáveis por isso foram os integrantes da
“Civilização Um”, uma civilização extremamente avançada e culta composta por
indivíduos que habitavam verdadeiros paraísos próximos às regiões do polo norte
há milhares de anos.
Terra sem fronteiras
O historiador também
propõe que no passado os povos não reconheciam as fronteiras entre regiões e
países da mesma forma como fazemos hoje em dia, e que existiam “pontes” que
interligavam todos eles. Portanto, isso explicaria o motivo de estruturas
semelhantes e construídas com base nas mesmas unidades de medida estarem
presentes em várias partes do mundo — inclusive aqui no Brasil, como parece ser
o caso do Stonehenge brasileiro no Amapá!
E mais: Tsarion vai ainda
mais longe, sugerindo que, na verdade, ao contrário da crença atual de que a
civilização humana se espalhou pelo mundo do leste para o oeste, o movimento
pode ter ocorrido a partir do oeste, mais precisamente, da Europa. Como prova,
o autor cita diversos monumentos e estruturas extremamente antigas, assim como
a presença de vestígios de povos europeus em locais improváveis.
Segundo disse, existem
várias lendas relacionadas com as viagens de europeus à América muito antes de
Cristóvão Colombo, e da comunicação habitual entre esses povos. Além disso,
Tsarion menciona a descoberta de múmias caucasianas de 3,8 mil anos na China,
assim como a presença de povos indo-europeus — os Pazyryk — que tinham olhos
azuis e supostamente viveram (também) na China por volta do ano 1,8 mil a.C.
Outro exemplo citado foi a
descoberta no Peru de múmias com mais de 600 anos de pessoas brancas de suposta
origem europeia. Acredita-se que elas pertenciam ao povo Chachapoya, composto
por indivíduos altos e com pele e cabelos claros que comandaram um vasto império
nos Andes entre os anos de 800 e 1500, mas que desapareceram depois de serem
dominados pelos Incas. Curioso, não é mesmo?
Fonte:
MegaCurioso
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