O caso de abdução de
Antônio Villas Boas se tornou um dos mais famosos do Brasil e do mundo entre os
ufólogos e o público que é fascinado pelo assunto. Pela riqueza de detalhes,
pelos sinais físicos do abduzido, doenças remanescentes, além de uma história muito
bem relatada, o caso é tido pelos especialistas em ufologia como verídico.
Os estudiosos da área
supõem que o que aconteceu com Antônio Villas Boas foi um tipo de programa de
reprodução híbrida dos alienígenas para criar uma raça de seres superiores. O
que iremos contar a partir de agora se baseia nos registros da época e nos
relatos documentados do próprio Antônio Villas Boas.
Como o caso chegou ao
conhecimento público?
No Brasil, durante a
década de 1950,o jornalista João Carlos Martins publicava em sua coluna, na
revista O Cruzeiro, uma série de artigos sobre disco voadores e pedia que
seus leitores participassem, enviando cartas sobre supostas aparições e
contatos. Entre as várias cartas que recebeu no finalzinho de 1957, uma chamou
a atenção do jornalista pela complexidade da história.
Aquela era a carta de
Antônio Villas Boas, que decidiu dar o seu relato sobre o que havia lhe
acontecido. A história do jovem agricultor de 23 anos, da pequena cidade de São
Francisco de Sales, em Minas Gerais, era tão incrível que João Carlos lhe
enviou ajuda financeira para que o rapaz fosse até o Rio de Janeiro para contar
com mais detalhes tudo o que havia ocorrido com ele.
Ainda assim, Villas Boas
estava relutante em contar a sua história para o público em geral com medo de
alguma forma de preconceito, apesar de ter encontrado em Martins alguém que o
compreendesse em um fato tão surpreendente de sua vida.
Entre os vários
profissionais envolvidos na análise do caso, o jornalista levou o lavrador ao
médico Olavo T. Fontes e a um agente da inteligência militar brasileira, que
deram início a uma extensa investigação científica sobre o caso (em fevereiro
de 1958), que foi mantido em segredo por bastante tempo antes de ser divulgado.
A primeira publicação que
contou parte da história de Villas Boas foi realizada na revista Flying
Saucer Review apenas em janeiro de 1965, por conta de um vazamento de
informações captado pelo ufologista Walter Bühler, que em 1961 começou a fazer
investigações por conta própria.
Pouco depois disso, João
Carlos Martins veio a publicar tudo que ficara sabendo na versão em espanhol da
revista O Cruzeiro, sendo que a versão completa do caso só foi publicada
no livro Os Humanoides em 1969. Mas, vamos ao que interessa? Saiba
abaixo todos os detalhes do relato de abdução de Antônio Villas Boas.
Primeiro: a luz
Antônio
Villas Boas morava com a sua grande família em uma fazenda próxima à cidade
mineira de São Francisco de Sales. No dia cinco de outubro de 1957, os fatos
estranhos começaram a acontecer.
A
família foi dormir por volta de onze horas de uma noite quente. Devido ao
calor, Antônio (que dormia no mesmo quarto de seu irmão, João) abriu a janela e
viu uma luz branca muito forte e brilhante no curral. Ele chamou pelo irmão,
que não se interessou pelo fato, depois fechou a janela e voltou ao dormir.
Naquela
mesma noite, Antônio acordou e abriu a janela novamente, percebendo que a luz
continuava lá, mas passou a se mover em sua direção conforme ele olhava para
ela. Muito assustado, ele fechou com muita força as janelas, o que acordou o
irmão que também ficou espantando com a força da luz entrando pelas frestas.
Depois
disso, por uns dias, tudo permaneceu normal. Antônio, seus irmãos e seus
cunhados se revezavam para os cuidados com as lavouras do local com um trator,
realizando uma divisão de turnos durante o dia e a noite. Na noite de 14 de
outubro, entre 21 e 22 horas, Antônio e seu irmão estavam lavrando o campo com
o trator, quando a luz brilhante apareceu novamente.
Ambos
testemunharam o fenômeno, sendo que a luz parecia estar a cerca de noventa
metros acima deles. Antônio deixou o seu irmão para trás e seguiu a luz para
investigar o que era. Ao se aproximar, a luz correu a uma velocidade tremenda
para o lado oposto do campo. Ele fez isso novamente e, mais uma vez, a estranha
luz “fugiu” para o outro lado.
Em
seus relatos, Antônio disse que repetiu esse movimento umas vinte vezes. Então,
ele desistiu e retornou até onde o seu irmão estava. Ainda assim, ele afirmou
que a luz permaneceu por lá, sendo que às vezes ela emanava raios em todas as
direções como um sol poente. Depois, ela desapareceu.
A noite mais estranha da
vida de Villas Boas
Na noite de 15 para 16 de
outubro de 1957, Antônio trabalhou novamente nos campos de plantação, mas
estava sozinho dessa vez. Por volta da uma da manhã, quando ele estava no mesmo
local em que testemunhou a luz estranha no dia anterior (um pouco longe de seu
trator), ele avistou mais uma vez o fenômeno, que veio de forma avermelhada no
céu e aumentava em sua direção em uma velocidade impressionante.
Antes que ele pudesse
pensar no que fazer, a luz estava pairando sobre ele a cerca de 50 metros sobre
a sua cabeça, então ele conseguiu ver de onde vinha. Segundo o seu relato, a
luz era emanada por uma nave que tinha o formato de um “ovo alongado”, que foi
se preparando para pousar a uns 15 metros de onde ele estava com três suportes
metálicos para apoio.
Foi quando Antônio correu
desesperado para o trator para tentar fugir. No entanto, o veículo falhou e as
luzes dele se apagaram também. Villas Boas então saltou do trator e, ao correr
em direção à sua casa, ele foi agarrado por um ser que ele disse que mal batia
na altura de seu ombro.
Ele conseguiu lhe dar um
golpe que o desestabilizou e tentou correr novamente, mas outros três seres
surgiram rapidamente e o agarraram pelos braços e pernas, levando-o para dentro
da nave. Em seus testemunhos, Antônio disse que as criaturas tinham cerca de
1,57 metros de altura e que vestiam roupas estranhas.
Antônio os descreveu em muitos detalhes, era algo muito
minucioso para ter vindo apenas de uma imaginação fértil. Segundo ele, os seres
usavam um traje bastante justo, feito de material grosso e acinzentado, mas
macio, tendo tiras pretas em algumas áreas. Ele disse que o traje ia até os
pescoços dos aliens, que usavam um tipo de capacete rígido, reforçado ainda na
altura do nariz.
A descrição dos trajes feita pelo agricultor diz ainda
que eram como macacões, que tinham um emblema vermelho no peito que refletia
luzes algumas vezes, além de eles usaram luvas grossas e cintos largos. As
solas dos sapatos que usavam eram também bem grossas, tendo cerca de cinco a
oito centímetros de espessura.
Antônio afirmou que os capacetes escondiam tudo, exceto
os olhos dos seres, que estavam protegidos por óculos redondos transparentes. O
agricultor observou que os olhos pareciam menores que os nossos, sendo claros e
azuis, e, acima deles, o capacete era bastante grande, como se protegessem
cabeças enormes ou algum tipo de equipamento.
O início das experiências
dentro do OVNI
Uma vez dentro do objeto
não identificado, Antônio se viu cercado pelos seres estranhos sem ter como
reagir, ficando vulnerável ao que viesse a acontecer. Ele estava agora em uma
pequena sala quadrada sem nenhum tipo de móvel e com luzes fortes.
Uma abertura apareceu e
ele foi levado para outra sala em que os únicos objetos visíveis eram uma mesa
de formato estranho que estava rodeada por várias cadeiras giratórias sem
encosto feitas de um tipo de metal branco. Seus “sequestradores” de outro
planeta o seguraram enquanto se comunicavam em sons irreconhecíveis.
Antônio disse em seu
testemunho que esses sons não tinham semelhança alguma com a fala humana e que
não consegue pensar em nada muito parecido que os descrevesse de um jeito
comparativo para podermos entender. Em uma tentativa de descrição, contou que
pareciam grunhidos de animais misturados com algum tipo de tremor no final.
Voltando ao relato, na
sala, Antônio, mesmo contra a sua vontade, foi totalmente despido. Ele disse
que relutou e falava para eles pararem. E, apesar de não entendê-lo, os seres
pararam por um momento e olharam para ele como se tivessem tentando lhe fazer
entender que eles estavam sendo educados e que aquilo era necessário.
Depois de despi-lo, um
líquido sem cheiro e parecido com óleo sem cor (mas o qual ele afirmou que não
deixou a pele engordurada) foi passado em seu corpo com um tipo de esponja.
Depois, ele se dirigiu a outra sala onde dois outros seres se juntaram a ele,
levando um tipo de cálice de onde saíam dois tubos compridos.
Parecidos com pequenas e
finas mangueiras, esses tubos tinham nas extremidades uma espécie de ventosa
que foi colocada no queixo de Antônio, fazendo o seu sangue escorrer por eles
até o cálice. Foram duas retiradas de sangue, uma de cada lado de seu queixo.
Segundo Antônio, ele não sentiu dor, mas apenas um incômodo e um tipo de
queimação.
De acordo com os
registros, essas ações deixaram marcas na pele do lavrador que foram examinadas
meses depois pelo médico Dr. Olavo Fontes, que as descreveu em seu laudo
emitido em 22 de fevereiro de 1958:
“Duas pequenas manchas
hipercrômicas, uma de cada lado do queixo, de pequeno tamanho e formado mais ou
menos arredondado; uma delas tem o diâmetro de uma moeda de 10 centavos, sendo
a outra um pouco maior e de aspecto mais irregular; a pele sobre essas regiões
se apresenta mais lisa e adelgaçada, como se tivesse sido renovada
recentemente, ou como se fosse algo atrofiado; não há nenhum elemento que
permita fazer qualquer avaliação sobre a natureza e a idade dessas marcas:
apenas se pode dizer que são cicatrizes de alguma lesão superficial com
hemorragia subcutânea associada – tendo pelo menos um mês e no máximo doze
meses de existência; aparentemente essas marcas não são definitivas e
desaparecerão provavelmente ao cabo de alguns meses. Nenhuma outra mancha ou
marca semelhante foi assinalada”.
O contato mais íntimo de
todos
Depois da coleta das
amostras de sangue de Villas Boas, ele foi deixado sozinho na sala por cerca de
uma hora. Lá ele ficou de certa forma confortável em uma cama cinza no meio da
sala. Porém, isso não durou muito tempo, pois uma fumaça cinza foi emitida de
alguns buracos nas paredes e depois se dissipou.
Esta fumaça deixou Antônio
enjoado e sufocado, sendo que logo em seguida ele correu para um canto e
vomitou. Isso parece ter aliviado a sua respiração que ficou mais normal. Foi
após isso que uma alienígena totalmente nua adentrou a sala. Alguns
especialistas em ufologia e em aliens disseram que a tal fumaça era uma
substância química que permitiu que a alienígena pudesse entrar na sala sem a
necessidade do capacete para respirar.
Segundo o longo relato de
Antônio, a moça extraterrestre entrou na sala devagar, sem pressa e até um
pouco se divertindo com o espanto no rosto dele. Ele a descreveu como muito
bonita, embora fosse um tipo diferente de beleza se comparado com o das
mulheres humanas.
O lavrador afirmou que o
cabelo da alienígena sedutora era loiro, quase branco, suave (como o cabelo
tingido em peróxido) e de comprimento na altura dos ombros. Antônio contou
também que os olhos da extraterrestre eram grandes e azuis, sendo mais
alongados do que arredondados.
O contorno do rosto dela
também era diferente do das humanas, sendo que a parte das maçãs do rosto era
bastante saliente, deixando a face bem alargada, mas que ia afinando até chegar
a um queixo pontudo, dando uma forma triangular. Antônio detalhou ainda em seu
testemunho:
“Os lábios eram muito
finos, quase invisíveis. O corpo era muito mais bonito do que qualquer outra
mulher que eu já conheci: magro, com seios empinados e bem separados, com
cintura fina e barriga pequena, com quadris mais desenvolvidos e coxas grossas.
Os pés eram pequenos; as mãos eram compridas e finas; os dedos e as unhas eram
normais. Ele era bem mais baixa do que eu, batendo a sua cabeça no meu ombro”.
Villas Boas afirmou ainda
que os pelos pubianos e das axilas da alienígena eram vermelhos “quase da cor
de sangue”. Então, ela se aproximou cada vez mais dele até que encostou a
cabeça no rosto do rapaz, se esfregando nele e mostrando-lhe para que objetivo
estava ali.
A relação extraterrestre
Villas Boas disse que
acabou ficando excitado, apesar de toda a situação em que estava mergulhado.
Ele disse que acha que o líquido que passaram em seu corpo deveria se algo
afrodisíaco, pois ficou numa “excitação incontrolável”, conforme relatou. Ele
então se esqueceu de tudo e puxou a moça para perto dele, consumando a relação
sexual interplanetária.
Villas Boas contou que
foram duas relações, em que realizaram posições como num ato normal humano por
cerca de uma hora, quando a mulher se afastou para sair da sala. Detalhe: não
houve beijo na boca, apesar do rapaz ter tentado. Quando tudo terminou, duas
outras criaturas entraram e chamaram a mulher, que apontou para a barriga dela,
para ele e para o céu. Então, foi embora.
Antônio disse que antes
interpretou os sinais no sentido que ela pretendia voltar e levá-lo com ela,
ficando com medo de que isso acontecesse um dia, pois não queria deixar a sua
família e a sua vida na Terra. Logo, outro ser entrou na sala com as roupas de
Villas Boas, que pôde se vestir novamente e foi encaminhado para outro recinto
onde os tripulantes conversavam.
O final da jornada
O lavrador disse que nesse
momento já estava calmo, pois já tinha percebido que eles não fariam nenhum mal
a ele. Aproveitando o tempo que tinha, Antônio passou a observar todo o lugar
para guardar na memória todos os detalhes do interior da nave. Ele percebeu
então uma caixinha com aspecto de despertador e tentou pegá-la para guardar
como prova.
No entanto, foi
rapidamente interceptado por um dos ETs que o tomou da mão de Villas Boas,
empurrando-o para a parede. Depois disso, as criaturas o levaram para um tipo
de “tour” pela nave até que chegaram à escada de saída, quando um dos
alienígenas apontou para ele descer.
Então, Antônio desceu e a
nave de luzes vermelhas brilhantes foi subindo aos poucos e disparou de repente
como uma bala na direção sul. Eram cerca de cinco e meia de manhã quando o
lavrador voltou para o seu trator, que ele descobriu que teve os cabos da
bateria desconectados.
Depois desse suposto
contato incrível com os alienígenas, foi relatado que Antônio Villas Boas
sofreu de várias condições como sonolência excessiva, lesões cutâneas, dores no
corpo, náuseas, perda de apetite, dores de cabeça e ardência nos olhos,
sintomas parecidos com os de envenenamento por radiação.
Os mais diversos ufólogos
do mundo consideram o caso Villas Boas como uma ocorrência real, enquanto os
céticos acreditam que foi algum tipo de alucinação do sono. O fato é que os
detalhes são mesmo surpreendentes. Antônio morreu em 17 de janeiro de 1991, aos
56 anos de idade, de problemas cardíacos.
Fonte:
MegaCurioso
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