Este ano conseguimos perceber ainda mais as alterações climáticas causadas pelo aquecimento global. A seca extrema em várias regiões do Brasil é um exemplo disso. Segundo um artigo publicado no International Business Times, um comunicado da Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas (OMM) declarou que 2014 está a caminho de se perpetuar como o ano mais quente já registrado.

O comunicado do órgão da ONU foi divulgado na semana passada ao mesmo tempo em que delegações de mais de 190 países debatiam um novo acordo climático internacional no Peru. O anúncio dessa notícia ressaltou ainda a importância de medidas imediatas e decisivas contra a mudança climática causada por ações humanas.

Dados divulgados

De acordo com os dados reunidos, a temperatura média global do ar nos primeiros 10 meses do ano foi 0,57 ºC acima da média de longo prazo. Além disso, este ano, a temperatura global entre janeiro e outubro também foi mais elevada do que a temperatura média registrada nos últimos 10 anos.

“Se os registros de novembro e dezembro mantiverem a mesma tendência, então 2014 será, de fato, o ano mais quente da História, ficando à frente de 2010, 2005 e 1998”, segundo o comunicado da OMM, acrescentando que as observações correspondem a uma tendência de aquecimento de longo prazo.

A temperatura mais alta do planeta tem se refletido em grandes períodos de fenômenos climáticos inesperados, como longas estiagens em alguns países e chuvas fortes e inundações em outros.


Quais as causas para esse recorde?






Como já é de se esperar, infelizmente, os maiores culpados para o aumento da temperatura global são as emissões de gases que contribuem para um recorde do efeito estufa. “As concentrações atmosféricas associadas estão levando o planeta para um futuro muito mais incerto e inóspito”, disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, no comunicado emitido na semana passada.

Conforme citamos anteriormente, o relatório apontou ainda que 2014 foi um ano de extremos, com as regiões dos Estados Unidos e China atingidas por secas severas (além do Brasil também), enquanto o Reino Unido, Japão e países da região dos Balcãs foram agredidos por tempestades severas.

"Em setembro, partes do sul da Península Balcânica receberam mais de 250% da precipitação média mensal e, em algumas partes da Turquia, mais de 500% da média normal esperada para a região. Já a precipitação mensal sobre o lado do Pacífico do Japão ocidental para agosto de 2014 foi 301% acima do normal, que foi a maior desde que as estatísticas médias da área começaram em 1946", disse a OMM.

O órgão das Nações Unidas relatou ainda que o aumento da temperatura dos oceanos, que também ficou acima da média registrada no parâmetro de 1961 a 1990, contribuiu significativamente para o aumento da temperatura global e prevalência de eventos climáticos extremos, mesmo na ausência dos efeitos de aquecimento do El Niño.

"O que vimos em 2014 é consistente com o que esperamos de um clima em mudança. Não há pausa, não há hiato no aquecimento global. Cada década tem sido mais quente do que a década anterior”, disse Jarraud.

 











Fonte: MegaCurioso

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