Um pequeno computador pessoal, usado na orelha e controlado com um piscar de olhos ou um toque da língua, está sendo testado no Japão. O dispositivo sem fio pesa 17gm e é equipado com bluetooth, GPS, bússola, giroscópio, sensores, bateria, barômetro, alto-falante e microfone.

A computação vestível é considerada a próxima grande tendência tecnológica, com produtos como o Google Glass na linha de frente.
Um microchip e um sistema de armazenamento de dados permite que ele rode softwares, explica o engenheiro Kazuhiro Taniguchi, da Universidade da Cidade de Hiroshima. O design se baseia nos tradicionais arranjos de flores japoneses, os ikebanas.

“A ideia é que o dispositivo seja usado como um brinco”, afirmou Taniguchi em uma entrevista recente à AFP, em que apresentou um protótipo preto.
O sistema pode ser conectado a um iPod ou outro gadget, e permite que usuário acione cada software por meio de expressões faciais, como mostrar a língua, mexer o nariz ou ranger os dentes.

O dispositivo usa sensores infravermelhos para monitorar pequenos movimentos no interior do ouvido, que diferem dependendo dos movimentos dos olhos e da boca. Como o usuário não precisa usar as mãos, ele serviria como uma “terceira mão” para cuidadores, alpinistas, motociclistas, astronautas e deficientes físicos.

“Se eu escalar uma montanha, olhar para o céu à noite e vir uma estrela piscando, o dispositivo pode me dizer que estrela é”, explica Taniguchi . “Como ele detecta a altitude, o ângulo e em que direção estou olhando, ele dirá: “A estrela brilhante que você está vendo agora é Sirius’”.

Com um smartphone conectado à internet, o usuário poderá entrar automaticamente em contato com pessoas que estão fazendo a mesma coisa.
“Você poderá se conectar com uma pessoa que está olhando simultaneamente para a mesma estrela em lugar distante, permitindo que troquem impressões”, disse Taniguchi.
Uma segunda versão do dispositivo permitirá que os usuários acompanhem seus parentes idosos no Japão.

O fone de ouvido do novo modelo, que funciona também como aparelho auditivo, monitora a saúde do usuário, incluindo pulso e temperatura, registra a frequência com que ele come e espirra, e avisa quando uma doença começa a se manifestar. Um acelerômetro também detecta se o usuário sofrer uma queda, instruindo um smartphone a repassar essa informação aos parentes ou chamar uma ambulância com base em dados de GPS.


Os testes estão sendo realizados em Hiroshima e o dispositivo deve chegar ao mercado a partir de abril de 2016.

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