Quem se
esforça para manter a promessa do Ano Novo de emagrecer talvez se sinta tentado
a clicar nos banners que alardeiam o “poder emagrecedor” do açaí. Mas os
pop-ups podem estar promovendo o fruto errado.
Segundo os
resultados de um experimento com ratos realizado por cientistas suecos, a
amora-alpina, a groselha-preta e o mirtilo fazem maravilhas pela sua cintura –
mas é melhor você ficar longe do açaí.
A
finalidade do experimento não era desacreditar o açaí, mas verificar se o fruto
brasileiro, famoso por suas propriedades emagrecedoras, realmente ajuda a
perder peso.
“Aconteceu
o contrário”, conta Karin Berger, pesquisadora de diabetes da Universidade de
Lund University, em um release. “Nosso estudo conclui que o açaí aumenta o
ganho de peso e os níveis de gordura no fígado”.
Os roedores
do experimento tinham uma predisposição genética a engordar, uma variedade
usada pelos cientistas como modelo para humanos acima do peso. O primeiro grupo
consumiu uma dieta rica em gordura, composta por amora-alpina, mirtilo,
framboesa, amora-preta, groselha-preta e açaí. O segundo grupo de ratos manteve
sua promessa de Ano Novo e consumiu alimentos com pouca gordura.
Depois de
13 semanas, os biólogos mediram o peso dos roedores e outros indicadores de
saúde. As amoras-alpinas foram as campeãs de benefícios à saúde, embora as
outras frutas não tenham ficado atrás.
“Este
estudo demonstrou que a suplementação diária com amoras-alpinas,
groselhas-pretas e mirtilos teve efeitos benéficos significativos sobre o
metabolismo dos ratos alimentados com uma dieta rica em gordura”, escreveram os
autores do estudo na revista Journal of Nutrition and Metabolism.
Os ratos
alimentados com amoras-alpinas ganharam um pouco mais de peso que os do grupo
com dieta pobre em gordura, mas ambos os grupos mantiveram níveis de glicose e
insulina semelhantes, fatores importantes para pacientes com diabetes. Os ratos
que ingeriram frutas vermelhas ganharam menos peso que os que consumiram
alimentos ricos em gordura, além de apresentar colesterol baixo e índices
menores de gordura no fígado.
No entanto,
as pessoas podem ter dificuldade em comer a mesma quantidade de amoras-alpinas
ingerida pelos ratos do experimento. “Até 20% de sua dieta era composta por
amoras-alpinas, uma quantidade grande demais para consumo humano. No entanto, o
objetivo não é gerar efeitos tão drásticos como os dos ratos ‘ricos em
gordura’, e sim prevenir a obesidade e o diabetes suplementando uma dieta
normal com essas frutas”, afirma Berger.
Os
antioxidantes presentes nas frutas vermelhas, chamados polifenóis, podem estar
relacionados aos benefícios à saúde, sugerem os pesquisadores suecos. Os ratos
alimentados especificamente com amoras-alpinas e groselhas-pretas apresentaram
altos níveis de um polifenol denominado glucosídeo de quercetina.
Fonte:
Discovery noticias
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