Mexer os músculos de um tornozelo machucado, que ficam inertes durante o período de recuperação, não é um passeio no parque. Acredite, falo por experiência própria, já que estou me recuperando de uma fratura no calcanhar. Mas agora, eu e pessoas com transtornos neuromusculares sérios, como paralisia cerebral e esclerose múltipla, já podemos contar com um novo dispositivo robótico.

Yong-Lae Park, professor-assistente do Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, e seus colegas construíram uma espécie de tornozelo-robô, feito de plásticos moles e materiais compósitos em vez de um exoesqueleto rígido. O dispositivo ortopédico é composto por músculos pneumáticos artificiais, pequenos sensores e um avançado software de controle, que simulam os músculos, tendões e ligamentos da parte inferior da perna.

Os músculos artificiais são controlados por ar comprimido, que movem os pés do usuário por meio de uma série de movimentos, especialmente projetados para fortalecer os músculos e aumentar a amplitude do movimento do tornozelo enquanto o paciente está sentado. As futuras versões permitirão seu uso durante as atividades diárias. “Agora, estamos trabalhando para controlar o dispositivo por meio do movimento ou da intenção muscular do usuário”, declarou Park à revista New Scientist.

Embora o tornozelo robótico tenha sido desenvolvido para pessoas com problemas crônicos, também pode ser útil na reabilitação de lesões. “Ele também é indicado na reabilitação de curto prazo do tornozelo, em exercícios de fortalecimento muscular depois da remoção do gesso ou da tala”, acrescentou.

Se pudesse, eu diria a Park que estou disposto a ser sua cobaia. Estou pronto para turbinar a minha fisioterapia e experimentar o tornozelo-robô.



Fonte: Discovery noticias

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