Seja lá pelo motivo que
for, as pessoas andam há algum tempo preocupadas com a possibilidade de — quem
sabe? — influenciar a forma como a Terra gira em torno do seu próprio eixo.
Entretanto, embora a ideia de um pulo em massa pareça um tanto ingênua, a hipótese
ganha alguma seriedade quando se trata do deslocamento de quase 40 trilhões de
quilos de água, certo?
Na verdade, para ser mais
preciso, 39,3 quilômetros cúbicos do precioso líquido, o qual é mantido
represado pela maior hidrelétrica do mundo, a usina de Três Gargantas, na
China, quando se encontra em seu nível máximo (175 metros acima do nível do
mar). Essa quantia quase obscena de água ainda inunda uma área de 632
quilômetros quadrados de terra.
Mas será mesmo que isso
tudo é capaz de alterar a placidez com que a Terra gira em torno do seu próprio
eixo? Ok, a NASA pode ajudar com os cálculos.
Dias um pouco mais longos e eixo alterado
Conforme rege a boa Física
básica — aquela mesma que a maior parte das pessoas aprende lá no ensino médio
—, alterar a conformação da massa de um corpo faz alterar o seu momento de
inércia. Basta observar um patinador rodopiando pelo gelo: quando mais os seus
membros se afastam do eixo de rotação, mais lento fica o movimento e
vice-versa.
Naturalmente, o mesmo
ocorre com a Terra. Entretanto, considerada a massa do planeta, os
impressionantes 39,3 quilômetros cúbicos de água acabam não sendo assim tão
relevantes. Conforme cálculo da NASA, a elevação dessa quantia de água à altura
de 175 metros (nível máximo da represa) torna os dias mais longos em apenas
0,06 microssegundo. Já o eixo de rotação acaba alterado igualmente ínfimos 2
centímetros.
Fonte:
MegaCurioso
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