Muitos planetas em nosso
sistema solar têm mais de uma lua. Marte, por exemplo, tem duas luas, enquanto
Júpiter tem 67, Saturno tem 62, Urano tem 27 e Netuno tem 14. O curioso é que
esses números continuam mudando e você pode ver uma contagem relativamente atual
das luas do sistema solar aqui no site do Jet Propulsion Laboratory
da NASA.
Mas, e a Terra? Só tem
mesmo a Lua que conhecemos e que vemos quase todas as noites? As luas são
definidas na linguagem astronômica como satélites naturais. No caso da nossa,
ela orbita ao redor da Terra.
Você pode ter ouvido falar
por aí que a Terra tem uma segunda lua. Mas, a única que é mesmo o nosso
satélite natural é aquela que os apaixonados adoram e que ilumina as nossas
noites em algumas fases do mês. O que acontece é que existem também corpos
celestes menores chamados de “quase-luas”, que podem acompanhar o nosso planeta
ou cruzar a nossa órbita em torno do Sol.
O quasi-satélite 3753 Cruithne
Os quasi-satélites (quasi
mesmo, com “i”) são objetos em uma configuração co-orbital com a Terra (ou com
outro planeta). Ou seja, eles orbitam o Sol, levando exatamente o mesmo tempo
que a órbita da Terra, mas a forma com que eles fazem isso é um pouco
diferente.
O mais famoso quasi-satélite
de nosso tempo — e que você pode ter ouvido por aí como uma segunda lua da
Terra — é o 3753 Cruithne. Este objeto tem cinco quilômetros de diâmetro. Na
verdade, ele é um asteroide que orbita o Sol, cruzando a órbita da Terra.
Os astrônomos descobriram
o Cruithne em 1986, mas só em 1997 foi descoberta a sua órbita complexa. Ele
não é uma segunda lua; apenas co-orbita o Sol com a Terra. O Cruithne tem certa
interação gravitacional com o nosso planeta e nos acompanha em cada volta ao
redor do Sol, mas com uma órbita do tipo “ferradura” quando observada da Terra.
No entanto, Cruithne não
vai colidir com a Terra, pois sua órbita é muito inclinada em relação à nossa.
Portanto, podemos ficar descansados. Pelo menos pelos próximos cinco mil anos,
que é o tempo que os cientistas calcularam que o asteroide irá manter-se na
órbita atual.
Luas temporárias?
A Terra, algumas vezes,
tem luas temporárias. Em março de 2012, os astrônomos da Universidade de
Cornell publicaram o resultado de um estudo que sugeriu que os asteroides que
orbitam o sol podem se tornar temporariamente satélites naturais da Terra.
De fato, eles disseram que
a Terra tem geralmente mais de um satélite temporário chamados de míni-luas.
Mas eles ficam apenas alguns períodos e se libertam da gravidade da Terra
apenas para ser imediatamente recapturados pela órbita ao redor do sol,
tornando-se um asteroide novamente.
Fonte:
MegaCurioso
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