Ao contrário do que a maioria de nós imagina, o coração não funciona exatamente como uma bomba, com uma ação de bombeamento simples. Ao invés disso, ele na verdade usa um movimento mais parecido com a torção de uma toalha. Quando ele se contrai, sua base gira no sentido anti-horário, enquanto a parte superior gira no sentido horário. Os cientistas chamam esse movimento de torção ventricular esquerda.

Na verdade, o coração não é o único a fazer isso. Nosso corpo está repleto de músculos que dobram, torcem, estendem e flexionam de formas bem complexas. E o desafio dos engenheiros tem sido buscar sistemas robóticos que atuem de forma semelhante – mas até então não haviam conseguido evoluir muito.

Agora, um time de pesquisadores da Universidade de Harvard desenvolveu um modelo de baixo-custo, programável, com um material macio que dá novas esperanças à missão. Os pesquisadores demonstraram o potencial do material, usando-o para replicar o movimento biológico do coração, além de desenvolverem um modelo virtual em 3D com as mesmas características.

“A maioria dos modelos de coração usados hoje não imitam o movimento 3D”, disse Ellen Roche, um dos pesquisadores de Harvard. “Eles levam em conta apenas o bombeamento”. Esses modelos não consideram o movimento de torção do coração, usado para bombear o sangue propriamente.

O coração se move dessa forma por causa de suas fibras musculares, orientadas em espiral na mesma direção e que trabalham juntas para realizar o movimento.


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