Cientistas suíços divulgaram esta semana um projeto de chips eletrônicos tão flexíveis que podem ser enrolados em fios de cabelo.

A técnica consiste em montar um circuito eletrônico em cima de um “sanduíche” de camadas de polivinil, instalado sobre uma base sólida.

O circuito é então colocado na água, que dissolve duas camadas de polivinil e faz com que a base se solte, chegando ao fundo da placa de laboratório.

O que sobra é um circuito embutido em um filme de polímero transparente e insolúvel chamado parileno, que tem apenas um micrômetro de espessura, ou um milionésimo de metro.

Os transistores continuam funcionando mesmo quando estão enrolados nos fios de cabelo, que têm cerca de 50 micrômetros de espessura, segundo pesquisa publicada na revista Nature Communications.

O chip ultraflexível terá aplicações médicas e já foi testado em um olho artificial. Ele foi incorporado a lentes de contato para permitir o monitoramento remoto do glaucoma, que aumenta perigosamente a pressão no globo ocular, explicam os pesquisadores.

A invenção também terá outros usos potenciais, como células solares flexíveis e sensores vestíveis.

O dispositivo “pode ser transferido para qualquer objeto, superfície ou tecido biológico, como a pele humana e folhas de plantas”, detalha o estudo, publicado por Giovanni Salvatore, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique.





Fonte: Discovery noticias

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