Antes que a
humanidade consiga pousar em Marte, existem inúmeros problemas que os
cientistas devem resolver. Um deles é a necessidade de uma roupa espacial mais
funcional e menos desajeitada da que temos hoje em dia. Afinal, quando
chegarmos no Planeta Vermelho, precisaremos fazer sérias explorações terrestres
e geológicas, e ter uma roupa de 130 kg que o faça tropeçar ou sequer conseguir
ver direito o que está abaixo dos seus pés não servirá muito.
Por isso, a
criação de Dava Newman (uma participante do TEDWomen 2013 em São Francisco),
apelidada de “roupa Homem-Aranha” e que demorou mais de uma década para ser
desenvolvida, tornou-se um marco importante para as futuras viagens à Marte.
A roupa é
colada no corpo porque é pressurizada próxima à pele, algo possível graças às
“linhas de tensão” ao longo do uniforme (as chamadas “linhas Homem-Aranha”) que
não se quebram quando o astronauta flexiona seus braços ou joelhos. Os
materiais ativos, como ligas de níquel-titânio com memória de forma permitem
que a roupa de nylon e spandex fique bem apertada junto ao corpo, mas dando
espaço o suficiente para que a parte interna tenha 30% da pressão atmosférica,
o nível necessário para manter alguém vivo no espaço.
Outra
gigantesca vantagem da “BioRoupa” é sua resistência e sua facilidade de
conserto. Se uma das roupas atuais de astronauta for perfurada, não será
possível usá-la. Na nova vestimenta, bastaria uma bandagem elástica especial
colocada em cima do furo para que tudo fique bem.
A roupa
traria outros benefícios até mesmo na Terra. Já existem evidências da melhora
da performance atlética através da compressão muscular, e até pessoas com
paralisia cerebral poderiam conseguir um aumento em sua mobilidade.
Apesar de
tudo, ela não está finalizada, o que significa que ainda existe espaço para
melhoras. Por enquanto, a criadora Dava Newman está apenas aguardando o
financiamento de uma agência como a NASA, o que permitiria que a roupa fosse
finalizada dentro de dois a três anos.
Fonte:
Discovery noticias
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