Da próxima vez que alguém
sugerir que você “vá dormir para pensar melhor”, faça exatamente isso. Uma
pesquisa publicada na última quinta-feira sugere que o sono pode, literalmente,
limpar o cérebro.
De acordo com autor do
estudo, Maiken Nedergaard, codiretor do Centro Médico de Neuro Medicina
Translacional da Universidade de Rochester, “O cérebro dispõe de uma quantidade
limitada de energia e precisa escolher entre dois estados funcionais: acordado
e consciente ou dormindo e ‘limpando’. É possível comparar o funcionamento do
cérebro a uma festa: você pode entreter os convidados ou limpar a casa, mas não
pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo”.
O estudo, publicado na
revista Science, também mostrou que as células podem encolher até 60% durante o
sono. Isso fornece mais espaço para o fluído cérebro-espinhal banhar o tecido
cerebral e liberar os resíduos no sistema circulatório. Esse sistema de remoção
de resíduos, denominado sistema glinfático, é importante para a compreensão de
distúrbios neurológicos, como o mal de Alzheimer, porque elimina as toxinas
associadas à doença.
Experiências com ratos
revelaram que o sistema glinfático é cerca de 10 vezes mais ativo durante o
sono. Os pesquisadores afirmam que isso pode explicar por que o cérebro utiliza
quase tanta energia durante as horas de sono quanto nas horas de vigília.
Eles também descobriram
que o hormônio noradrenalina é menos ativo durante o sono, e suspeitam que o
neurotransmissor que faz o cérebro ficar alerta em resposta a estímulos como o
medo pode controlar a contração e a expansão das células cerebrais durante os
ciclos de sono e vigília.
Nedergaard explicou que
“os resultados tem implicações importantes no tratamento de doenças como o mal
de Alzheimer. Entender exatamente como e quando o cérebro ativa o sistema
glinfático e elimina os resíduos é o primeiro passo do esforço para modular o
sistema e fazê-lo funcionar de maneira mais eficiente”.
Fonte:
Discovery noticias
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