Às vezes, quem sofre de doenças crônicas, como o diabetes ou a anemia perniciosa, precisa tomar injeções diariamente. Felizmente, uma nova alternativa para o tratamento dessas doenças já está em teste: o implante de células sensíveis à luz, criadas em laboratório.

Além de liberar os medicamentos na corrente sanguínea, esses implantes também poderiam monitorar os níveis de toxinas no organismo em tempo real, fornecendo dados de longo prazo sobre a saúde – e avisando que está na hora de tomar os remédios para o coração ou, até mesmo, administrando-os.
Segundo a revista Nature Photonics, os implantes são feitos de um polímero transparente. Eles contêm células geneticamente modificadas que podem ser programadas para liberar medicamentos. Essas células respondem a estímulos luminosos.

Os cientistas Myunghwan Choi e Seok Yun lideraram uma equipe combinada da Universidade de Harvard e da Universidade de Toronto que criou um conjunto de implantes feitos de hidrogel, um polímero compatível com tecido biológico. Cada implante de 4 mm x 40 mm e apenas 1 mm de espessura foi preenchido com células ativadas pela luz.

Choi e Yun demonstraram o funcionamento dos implantes de duas formas. Em uma experiência, foram usados para administrar insulina e, em outra, para detectar toxinas. O sistema de administração de insulina foi utilizado em ratos diabéticos. Através de uma fibra ótica, os cientistas enviaram um feixe de luz azul que induziu as células do implante a fabricar uma proteína que estimula a produção de insulina. Na detecção de toxinas, as células emitiam luz verde na presença metais pesados. Medindo os níveis de luz, os cientistas puderam determinar a quantidade de metal existente.

Ainda há muito trabalho a ser feito antes que os implantes possam ser usados em clínicas. Em primeiro lugar, as células usadas para fabricar os implantes devem ser retiradas do próprio paciente, para que não haja o risco de rejeição. Além disso, a transmissão da luz através do hidrogel deve ser ampliada, já que os seres humanos são maiores que os ratos. Em terceiro lugar, vai levar algum tempo para determinar qual deve ser a porosidade adequada do hidrogel para administrar a dose correta de medicamento.

Se isso acontecer, um dia nosso corpo poderá ser conectado a uma rede, assim como nossos gadgets.





  Fonte: Discovery noticias




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