São Francisco carioca. É
assim que Dom Roberto Assis Lopes, delegado episcopal para a Causa dos Santos
da Arquidiocese do Rio de Janeiro, descreve o médico, seminarista e surfista
Guido Schäffer.
Segundo descreve o então
estudante de engenharia Eduardo Martins a O Globo, naquele 1º de maio de 2009,
as condições para a prática do surf estavam perfeitas.
Martins tinha ido ao mar
do Recreio comemorar sua despedida de solteiro e presenciou o acidente que
vitimaria Schäffer. Uma manobra malsucedida fez a prancha acertar a nuca do
seminarista, que morreu afogado aos 34 anos.
Sua morte causou enorme comoção
e ele passou a ser chamado de "o anjo surfista". O epíteto virou
título de uma biografia escrita pelo moçambicano radicado em Portugal Manoel
Arouca em 2013. Depois, a história virou documentário em vídeo.
Beatificação
Na missa de corpo
presente, mais de 2 mil pessoas se reuniram na Igreja de Nossa Senhora de
Copacabana. Entre elas estava Dom Orani Tempesta, que acabara de ser nomeado
arcebispo do Rio. Tamanha comoção levou a Igreja a reivindicar seu nome para
santo.
Em maio deste ano, Dom
Roberto Assis Lopes foi à Roma para dar entrada no processo de beatificação no
Vaticano. Atualmente, aguarda-se para que a Congregação para as Causas dos
Santos conceda o "nihil obstat", uma espécie de nada a opor para que
Schäffer se torne beato.
Inúmeros relatos de cura
têm sido atribuídos ao surfista. Segundo a bacharel de Direito Márcia
Sacramento contou a O Dia, ela diz que sua gestação foi de risco devido a
inúmeros sangramentos, mas que foi curada quando apelou a Guido. Sacramento deu
ao filho o nome de seu milagreiro.
"Guido era um homem
do século 20 e, ao mesmo tempo, um São Francisco carioca, que serve de modelo
para a Igreja e para a juventude mundial", opinou Dom Roberto Lopes ao
jornal carioca.
Fonte: MegaCurioso
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