De acordo com David Szondy do portal Gizmag, cientistas da Universidade de Zurique, na Suíça, descobriram que o DNA não só é capaz de sobreviver a viagens ao espaço como pode continuar funcional após o dramático processo de reentrada na atmosfera terrestre.

A descoberta ocorreu durante testes conduzidos com um foguete que realizou voos suborbitais e que “levava” plasmídeos — moléculas de DNA capazes de se reproduzir independentemente do DNA cromossômico — em sua estrutura, incluindo partes externas e sulcos das cabeças de diversos parafusos.


Ativo e operante




Segundo Szondy, os cientistas aplicaram amostras de material genético artificial contendo uma substância fluorescente e fragmentos de DNA resistentes a antibióticos antes de o foguete ser lançado. Os pesquisadores esperavam encontrar vestígios de matéria orgânica após o retorno da nave, mas não imaginavam que, após enfrentar as inóspitas condições do espaço e temperaturas perto de mil graus célsius na reentrada, o DNA sobreviveria.





Portanto, foi uma enorme surpresa encontrar material intacto e funcional — ainda capaz de transferir informações — depois do regresso à Terra. Conforme explicaram, as implicações da descoberta são imensas, já que põem em dúvida a eficiência dos procedimentos de esterilização empregados atualmente em sondas espaciais que são enviadas ao espaço ou outros planetas.

Os testes sugerem que existe a possibilidade de que o processo pode não ser suficiente para prevenir a contaminação de planetas e astros para os quais enviamos sondas — e, portanto, pode acontecer que formas de vida encontradas no espaço tenham saído aqui da Terra. Nesse sentido, a descoberta também levanta questões sobre as origens da vida no nosso planeta, ao indicar que microrganismos poderiam perfeitamente ter chegado até aqui de carona em meteoros.










Fonte: MegaCurioso

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