Se você
acompanha as Terças de Aventura, no Discovery, com certeza não vai se espantar
com essa surpreendente história verídica de sobrevivência. Perdido e
cercado por inundações no interior da Austrália, um turista alemão sobreviveu
por duas semanas se alimentando apenas de insetos, informou a
polícia. Daniel Dudzisz, de 26 anos, desapareceu em fevereiro, no sudoeste
de Longreach, em Queensland, enquanto tentava percorrer a pé mais da metade do
território australiano.
A polícia
relatou que o turista foi resgatado na quinta-feira, 7 de março, por um
motorista que trafegava próximo ao Córrego Cooper, a alguns quilômetros da
cidade de Windorah.
Dudzisz,
que é diabético e precisa de insulina, contou à polícia que atravessou áreas
inundadas e comeu moscas para sobreviver na região. “Se não tivéssemos
visto com nossos próprios olhos, não teríamos acreditado. Ele ainda brincou que
jamais passaria fome no deserto australiano, graças à quantidade de insetos que
vivem por lá, ricos em proteína”, contou o inspetor Mark Henderson à ABC, rede
de televisão pública da Austrália.
Equipes
aéreas e terrestres iniciaram as buscas quando Daniel não chegou a
Jundah. “Ele via os helicópteros sobrevoando a área, mas sabia que não
podiam vê-lo por causa da vegetação densa”, disse o inspetor. Dudzisz
dispensou tratamento médico quando chegou a Windorah. “Ele estava faminto,
mas sua presença de espírito continuou inabalável”. disse Henderson.
O alemão
informou à polícia que pretende continuar a viagem pelo norte da Austrália, e
foi visto pela última vez seguindo em direção à remota cidade de Monte Isa,
para cruzar a fronteira entre os estados. O jornal online Brisbane Times
divulgou que Daniel pretende caminhar 4.000 quilômetros, de Nova Gales do Sul
até Uluru, a Rocha de Ayer, no coração da Austrália.
Em 6 de
fevereiro, durante entrevista ao jornal semanal Warrego Watchman de Queensland,
Dudzisz admitiu que seu roteiro era bem “puxado”, mas depois de viver por 2
anos como sem-teto, não parecia ser tão difícil. “O que mais me encanta nas
caminhadas é a proximidade com a natureza, e todas as pequenas aventuras e
encontros vividos ao longo da jornada.”
Ele relata
um episódio em que lutou com um canguru agressivo em um parque nacional. “Eu
pulei em cima dele e comecei a bater. Como ele era menor que eu, não ofereceu
muita resistência. Acho que deve ter ficado surpreso com a autoconfiança do meu
ataque”.
Dudzisz
também conheceu o minerador de opalas Andrew Plax, quando passava pela cidade
de Yowah, em Queensland. Durante o desaparecimento de David, Plax contou ao
Fairfax Media que ele foi umas pessoas mais intrigantes que já havia conhecido,
e que certamente seria encontrado vivo em algum momento. “Ele é muito
simpático e me contou que já havia caminhado por outros continentes. Não estou
preocupado com ele, pois sei que ele pode sobreviver com quase nada. Água
certamente não é um problema no momento. E se necessário for, ele a beberá de
poças ou cochos”, disse Plax.
0 comentários:
Postar um comentário