A hipocondria é um mal que atinge muitas pessoas por todo o mundo. Se deixar, o portador da condição psicológica realizará exames desnecessários, procurando quaisquer sinais de doenças, mesmo que seus médicos não indiquem nenhuma possibilidade. Sem cuidados, isso pode evoluir para um transtorno obsessivo-compulsivo muito sério.

Se já era comum pessoas hipocondríacas procurarem respostas em livros de medicina, a coisa ficou ainda mais fácil com o advento da internet. E muito pior.

As maravilhas das ferramentas de pesquisa podem complicar as coisas para quem tem o equivalente “internético” da condição: a cibercondria. Graças ao volume de informação – com a possibilidade de 5 fontes diferentes falarem causas e tratamentos diferentes para um mesmo sintoma -, a pessoa fica ansiosa mais fácil e rapidamente, procurando mais fontes, se deparando com mais incertezas e muito mais preocupações.

O estudo da cibercondria foi feito pelo Doutor Thomas Fergus, professor assistente de psicologia e neurociência da Baylor’s College of Arts & Sciences (em Waco, Texas, EUA), e teve como objetivo entender o impacto de 8 em cada 10 norte-americanos procurarem soluções médicas na internet.

Suas cobaias para a pesquisa foram 512 adultos saudáveis com a idade média de 33.4 anos. 55% dos participantes eram mulheres; 59% possuíam um diploma de dois anos de estudo; 53% trabalhavam pelo menos 20 horas semanais; 67% não eram casados.

O Dr. Fergus (Ph.D. na sua área) usou diversas medidas, incluindo uma escala de declarações como “eu sempre quero saber o que o futuro tem guardado para mim”; um inventário de ansiedade de saúde, onde os pacientes, independentemente de sua saúde atual, declaravam frases como “eu passo a maior parte do meu tempo me preocupando com a minha saúde”; e finalmente uma escala revelando como as procuras por informação de saúde online afetam a ansiedade do participante.

A conclusão? Que apesar do problema ser o mesmo (assumir o pior em relação à saúde), o grande volume de informação faz com que a vítima fique muito mais perturbada de forma muito mais rápida. Então cuide da sua saúde, mas não esqueça que alimentar sua ansiedade não ajuda ninguém. Especialmente você mesmo!






  Fonte: Discovery noticias





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