Existe uma escola primária
no México, que assim como sua cidade de Matamoros – na fronteira com os EUA -,
é muito pobre. O Sol brilha com seu calor intenso sobre os quase meio milhão de
habitantes enquanto a constante guerra contra as drogas explode por lá. Mas
através de uma forma de ensino inovadora, os alunos desta escola conseguiram
superar todas e quaisquer expectativas, incluindo suas próprias.
As notas dos alunos eram
frequentemente baixíssimas. Mesmo aqueles mais promissores não mostravam uma
melhora com o tempo, e a típica cena de alunos e professores numa aula
chatíssima, sem interesse algum. O professor Sergio Juárez Correa cansou de
presenciar estes momentos durante cinco anos, e decidiu fazer a mudança com as
próprias mãos.
Ele começou a ler e
pesquisar na internet sobre novas formas de ensino, até dar de cara com o
trabalho de Sugata Mitra, que por sua vez ensina educação tecnológica na
Inglaterra. Desde o fim dos anos 90, Mitra experimentou dar para crianças
indianas acesso a computadores. Estas crianças por sua vez aprenderam, por si
só, matérias que iam desde a língua inglesa até replicação de DNA!
Nem a pesquisa nem a
iniciativa de incitar a auto-educação são novas. Como visto acima, a ideia já
vem sendo trabalhada há mais de uma década, e já existem iniciativas como a ONG.
O professor Juárez
mergulhou com tudo nessa linha de pensamento, refletindo principalmente no fato
de que o mercado de trabalho não está atrás meramente de pessoas que tenham
conhecimento de uma determinada área ou que consigam decorar fórmulas
matemáticas. Elas precisam querer aprender. Por isso, quando o ano letivo de
2011 começou na escola José Urbina, ele reuniu diversas mesas e colocou alunos
para usar computadores com acesso à internet.
Mesmo com a velocidade de
navegação limitada e poucos computadores, isso não impediu os alunos de, ao
longo de nove meses, mudarem completamente seu comportamento dentro da sala de
aula. Sem colocar limites ou restrições do uso destes computadores, o professor
perguntou aos seus alunos: “O que vocês querem aprender?” O resultado foi que
várias das crianças não só melhoraram, como ficaram no topo das categorias de
matemática e linguística de todo o México.
A filosofia de Sugata
Mitra, que inspirou Sergio Juárez Correa e tantos outros, é simples: se você
não está no comando do seu aprendizado, você não vai aprender direito. E pode
até ser que o resto do mundo não esteja preparada para esta nova forma de
ensino. Mas não é o caso dos alunos da escola primária José Urbina.
. Fonte:
Discovery noticias
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