Os
processos cirúrgicos do meio da ortopedia são importantíssimos, mas muitas
vezes acabam gerando cirurgias longuíssimas e arriscadas, que poderiam até
aumentar o tempo necessário para a recuperação do paciente. No entanto, a
Universidade de Wollongong (Austrália) desenvolveu uma biocaneta que promete
revolucionar todos estes processos.
A BioPen
dará aos cirurgiões um controle maior de onde os materiais são depositados, e
também reduzirá o tempo que o paciente precisa ficar na cirurgia, já que o
procedimento aplica células vivas e fatores de crescimento diretamente no local
do ferimento. Isso acelerará a regeneração de ossos funcionais e da cartilagem.
O aparelho
funciona de forma similar aos métodos de impressão em 3D. O que acontece é que
o material celular é entregue dentro de um biopolímero (como o alginato, um
extrato de algas), que por sua vez é protegido por uma camada exterior de
material gelatinoso. As duas camadas de gel são combinadas na cabeça da caneta,
para então ser “expulsa” diretamente na superfície do osso, semelhante à uma
tatuagem.
Uma luz
ultra-violeta de intensidade fraca fica presa no aparelho para solidificar as
“tintas” durante a dispersão, garantindo a proteção para as células enquanto
elas são construídas camada por camada. Meio como um andaime no local da lesão.
Após o
“desenho”, as células se multiplicarão, se diferenciarão em células nervosas,
células musculares ou células ósseas, para enfim formar um tecido funcional —
seja ele um sistema de nervos ou um músculo. Casos mais arriscados podem se
utilizar de fatores de crescimento ou outras drogas para ajudar na reformação e
recuperação. Isso sem contar a facilidade do transporte do objeto.
Ainda está
cedo para dizer, mas é bem possível que a biocaneta elimine, futuramente,
lesões microscópicas arriscadas que acabam impedindo a recuperação motora de
dedos, pulsos e outros locais.
Fonte: Discovery
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